Witzel diz que reabertura do comércio só ocorrerá após a implantação dos hospitais de campanha

Após uma reunião por videoconferência com os secretários de Saúde e de Desenvolvimento Econômico, nesta quinta-feira (23), o governador Wilson Witzel afirmou que só vai autorizar a reabertura do comércio após a inauguração dos hospitais de campanha que estão sendo construídos para o combate ao coronavírus. Embora não tenha estipulado uma data, ele disse que essas unidades de saúde estão “em fase final de conclusão”.

Segundo nota divulgada pelo Palácio Guanabara, o Plano Estadual de Reabertura Planejada levará em conta a avaliação contínua de número de contagiados, principalmente na cidade do Rio e na Baixada Fluminense. “A tendência é que, a partir do mapeamento de risco de atividades e territórios do estado, a retomada econômica seja gradual e regionalizada. No entanto, é importante que essas medidas sejam tomadas no momento oportuno, sob pena de agravamento da crise”, diz trecho da nota.

Segundo o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde nesta quinta-feira, o Rio já registra 530 mortes desde o início da pandemia, com 6.172 casos confirmados de Covid-19.

Um dos principais fatores que levam o Palácio Guanabara a já traçar um plano para a reabertura do comércio é a queda na arrecadação de receitas. Como o preço do barril de petróleo despencou, a quantia referente a royalties e ao fundo de participação especial a que o estado tem direito tiveram redução substancial. Outro baque nas contas veio da queda na arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), uma das principais fontes de receita. Com o comércio fechado, a expectativa é de um prejuízo de R$ 5 bilhões em três meses. A reabertura de shoppings e lojas de rua ajudaria a minimizar o problema na arrecadação de ICMS. A Secretaria de Fazenda projeta que o estado terá um déficit de R$ 25,7 bilhões em 2020.

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